Você e eu
O outro día, fozando cal porco teixo nunha leira, pero no meu caso entre papeis e máis papeis, atopeime cun feixe de vellas revistas das tres primeiras décadas do século pasado. Ao final escollín algúns Blanco y Negro, dos anos vinte e trinta, para recuperar imaxes e publicidade que se atopan no clip de enriba. Tamén meteuseme na cachola escoitar e de paso divulgar unha vella canción dos primeros tempos da bossa, escoitadea eí, é Sylvia Telles (1934-1966). Algunhas das donas dos retratos xa pasaron por este espazo no apartado Corpo de tango. En fin, non hai nada novo baixo o sol, como tampouco e nova a devandita canción que di:.
Podem me chamar
E me pedir, e me rogar
E podem mesmo falar mal
Ficar de mal, que não faz mal
Podem preparar
Milhões de festas ao luar
Que eu não vou rir melhor, nem pedir
Eu não vou e nem quero ir
E também podem me intrigar
E até sorrir, e até chorar
E podem mesmo imaginar
O que melhor lhes parecer
Podem espalhar
Que eu estou cansada de viver
E que é uma pena para quem me conheceu
Eu sou mais você e eu
E me pedir, e me rogar
E podem mesmo falar mal
Ficar de mal, que não faz mal
Podem preparar
Milhões de festas ao luar
Que eu não vou rir melhor, nem pedir
Eu não vou e nem quero ir
E também podem me intrigar
E até sorrir, e até chorar
E podem mesmo imaginar
O que melhor lhes parecer
Podem espalhar
Que eu estou cansada de viver
E que é uma pena para quem me conheceu
Eu sou mais você e eu
Letra de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes
Do disco Bossa, Balanço, Balada (1963)
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