Eis que de dentro de mim
Jorrou uma água brusca,
Ladeira abaixo, sem sonho,
Morrendo sem ter vivido,
E eu, no espelho crucente
Das hortas de sempre fuga,
Tentei por detrás da fuga
Remover o meu retrato,
O resolver sempre falho,
Enxergar o que não via;
Mas cansado, sem relíquias,
Deixei que escorresse plena,
Que fosse na doida arena
Da areia se dissolver.
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