SER AREIA, SEARA, SEREIA...
em minha pele,
cristais de sal recendem
um mar revolto,
desaguado da ponta de tua língua.
por sobre ela, a pele, inteira,
gotas de marés,
saliva de peixe,
escamas incrustadas à moda incisiva de teus dentes.
sem encanto ou canto,
ser areia,
seara,
sereia...
nadar ou morrer na praia,
é tudo quanto resta.
Aila Magalhães
Fotografías de © Maud Chalard
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