CENÁRIO DE ESQUECIMENTO
Um elegia triste ao rio Tietê
in memoriam
Nas águas turvas do Tietê, ecoa o pranto,
Um lamento surdo, eco de um tempo ido,
O rio, outrora vivo, agora é desencanto.
As margens, testemunhas do descaso sofrido,
Cenário de esquecimento, de dor e agonia,
A vida que sucumbe, o destino perdido.
Ó Tietê, tão nobre outrora, hoje sombra sombria,
Teu leito outrora límpido, agora leva o fardo
De anos de negligência, de uma história sombria.
Que triste sina, ó rio, agora tão maltratado,
Teu destino entrelaçado com a indiferença humana,
Ergo minha voz em lamento, teu sofrimento é legado.
Que voltem os dias de glória, oh rio, soberana,
Que tuas águas sejam puras, teu curso restabelecido,
Em cada verso, uma prece, uma esperança emana.
Gabriel Alves Dias
Fotografías de Eduardo Rodrigues e Paulo Conti
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