Saltar ao contido principal

Publicacións

XERARDO RODRÍGUEZ ARIAS E MANUEL BLANCO: escritores do val

DE UN BEIJO BRANCO A UM MAIS ESCURO

Não me abrace na rua Não me diga “te adoro” na frente dos meus amigos, vão me zoar se te respondo eles sabem que sou uma cachorra que não se deixa amar. ​​  Sabem também, que as vezes, dou voltas numa cama e de repente amanheço em outra. Não me abrace na rua, vai me vexar reconhecer que sou tua  ​​​​  porque antes de ti fui de Pedro, de Samuel, de Gustavo e não quero que me tachem de gata insaciável. Não me beijes diante dos meus irmãos porque te perguntarão se já passamos de um beijo branco a um mais escuro ou de que tamanho são seus pés. Meus irmãos são imprudentes, não tente agradá-los. Não me pergunte se creio no casamento​​  porque até as flores sabem que faz um tempo me casei com o HPV e a doença nunca me deu o divórcio. ​​  Não diga que me ama se ainda não conhece a cicatriz que guarda meu pescoço, se ainda não sabe que aos seis anos fui violado pelo meu tio e depois pelo meu vizinho​​  e aos doze todos os da minha quadra se masturbavam em mim, e aprendi a guardar silêncio. Se n

Publicacións máis recentes

PANOS DE SAUDADE

EMBACIADO OLHAR

FACE A TÚA, TAN LAIDA E TAN AMIGA

ALUMEA O SOUTO

COMA CINZA DE ROSAS

MARELA DE INSOMNIO

ROTOS, TODOS OS POEMAS

BANDA DESEÑADA E DISCOS DE MÚSICA (CD)

A MORTE AMENCE LÚGUBRE

CEO E TERRA ESTÁN ISPIDOS